Colunas

Nas entranhas de Itaipu

As paredes são tão altas que parecem tocar os céus e a extensão dos corredores longa a ponto de perdermos de vista onde terminam.

31 de janeiro de 2012 · 13 anos atrás
  • Victor Moriyama

    Victor Moriyama é um fotojornalista brasileiro baseado em São Paulo.

Área interna do lado brasileiro, ao lado da barragem, mostra a grandeza da obra. Foto: Victor Moriyama
Área interna do lado brasileiro, ao lado da barragem, mostra a grandeza da obra. Foto: Victor Moriyama

Construída entre 1974 e 1982 e localizada no munícipio de Foz do Iguaçu, a Usina binacional (Brasil – Paraguai) Hidrelétrica de Itaipú é tida como talvez a maior obra de engenharia que o Brasil já fez. Por isso, ela também funciona como ponto turístico, onde, diariamente, centenas de visitantes são recebidos para excursionar e conhecer o seu interior.

A grandeza da obra impressiona. Tudo ali revela potência e uma quantidade infindável de água. O interior não deixa por menos. As paredes são tão altas que parecem tocar os céus e a extensão dos corredores longa a ponto de perdermos de vista onde terminam. Nas enormes salas raramente se vê um ser humano.

As grandes distâncias entre os setores são encurtadas para deslocamento com bicicletas utilizadas pelos funcionários. Há um barulho permanente das máquinas.

Segunda a própria Itaipu Binacional, “a usina é, atualmente, a maior usina hidrelétrica do mundo em geração de energia. Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, fornece 16,99% da energia consumida no Brasil e abastece 72,91% do consumo paraguaio”. Em 2011, produziu, 92,2 milhões de megawatts-hora.

 

O homem que nos recebe é Ademar Lanzi, responsável pelo corpo de Bombeiros da Usina no lado brasileiro. A organização estrutural da usina acontece no modelo denominado Espelho, ou seja, todas as funções e cargos existentes no lado brasileiro possuem um correspondente idêntico no lado paraguaio. Ele nos conduz ao coração da Usina onde uma enorme engrenagem trabalha a toda força. A partir dali, o tamanho do local e o barulho ensurdecedor de máquinas domina a atmosfera e não resta mais nada a não ser vagar por sua imensidão.

 

 

Leia também

Colunas
5 de fevereiro de 2025

Uma arca ou uma Ubá?

Talvez a nossa única chance contra o Corredor da Morte da Biodiversidade Brasileira seja investir em reprodução de ambientes e espécies ex-situ

Salada Verde
5 de fevereiro de 2025

Inscrições para o concurso do Ibama vão até 18 de fevereiro

Salário é de R$ 9.994,60 e carga horária de 40 horas semanais. Para ocupar os cargos é preciso ter ensino superior

Massacre Invisível: Arte reportagem 2
Reportagens
5 de fevereiro de 2025

Brazil needs to step up environmental control of its agricultural irrigation

The national area with these systems now totals 70,000 km2, the same as the territory of Ireland or half the Brazilian state of Amapá.

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.