![]() |
O mico-leão-preto foi considerado extinto por aproximadamente 70 anos. Redescoberto por Adelmar Coimbra Filho no Parque Estadual do Morro do Diabo (IF-SP), oeste de São Paulo, passou a ser estudado por anos afio pelo Claudio Padua, Cristiana Martins e outros pesquisadores do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, que implementaram ações inusitadas como parte das estratégias de salvar a espécie. Na época, introduziram inovações ao tratar as populações isoladas pelo desmatamento como meta-população. Isso quer dizer que todos os grupos remanescentes deveriam ser considerados de forma integrada.
Adotaram medidas cuidadosamente planejadas como reintrodução, translocação e dispersão. Foram mais de 30 anos de empenho e trabalhos contínuos, inclusive de educação ambiental, transformando o mico-leão-preto em um símbolo de orgulho regional, principalmente no Pontal do Paranapanema, onde habita a maior população.
O trabalho valeu a pena. Em 2008, a IUCN reclassificou o mico-leão preto de criticamente ameaçado passando a ameaçado, o que indica o sucesso dessas iniciativas. Cada espécie viva deveria ser tratada com este cuidado e atenção. Aí sim seríamos merecedores da biodiversidade que herdamos no planeta!
Leia também

Entrando no Clima #44 – Petróleo, o elefante na antesala da COP30
Suely Araujo, ex-presidente do Ibama e coordenadora de Políticas Públicas do OC, traz detalhes dos planos brasileiros de exploração de petróleo →

A educação ambiental para além das escolas
Planeta A aborda a história da educação ambiental no mundo, sua importância nos dias de hoje e formas ampliadas de enxergar a vivência em sociedade →

Grileiros da Floresta Nacional do Jamanxim devem sair da unidade, diz justiça
Cerca de 310 ocupantes devem deixar a unidade, alguns no prazo de 60 dias. Governo do Pará está impedido de emitir CAR e Guias de Trânsito Animal →