Reportagens

O futuro nas sementes da araucária

Na serra catarinense, centenas de famílias dependem do pinhão para sobreviver. Mas essa economia informal precisa se estruturar, inclusive para proteger e recuperar matas com pinheiros.

Aldem Bourscheit ·
15 de junho de 2009 · 15 anos atrás

A bela e majestosa conífera, o gigante da Curiirama, pode ser comparada, econômicamente, à extraordinária carnaubeira do Nordeste, a “árvore-providência”, pois, tal como nesta, na araucária tudo pode ser aproveitado: a madeira, não só é de grande beleza, como em todas as condições de elasticidade e resistência, podendo ser utilizada em obras de marcenaria, carpintaria, vigamentos, caixotaria etc.; a fibra é considerada das melhores, para a fabricação de papel; a resina aproveitada industrialmente produz alcatrão, breu, piche; os “nós”, que saem da base dos ramos do pinheiro têm larga aplicação em pequenos objetos de luxo e o seu poder calorífico é comparável ao do carvão de pedra; a casca e os galhos podem também ser utilizados como combustível e, finalmente, sua semente, o “pinhão”, grandemente substancial e de sabor excelente, constitui alimento muito apreciado pelo homem do sertão. Pode substituir o milho na engorda de porcos, e, além disso, sendo o “pinhão” rico de amido fornece excelente farinha.*

 

Pinha na árvore e recém aberta, exibindo seu tesouro: dezenas de sementes variando do marrom escuro ao laranja claro, aglomeradas em torno do sabugo. Foto: Aldem Bourscheit.

No planalto de Santa Catarina, centenas de famílias dependem do pinhão para complementar a renda anual. O trabalho duro da coleta de sementes em árvores com dezenas de metros e a comercialização ainda desestruturada ajudam a manter bosques com araucárias que impressionam aos olhos, mas são sombras das florestas que cobriam a região no passado. Legislação e costumes locais não têm permitido a regeneração das matas salpicadas de pinheiros nativos. Uma situação que tem raízes nos contornos do desenvolvimento regional e brasileiro.

A partir de meados do século dezoito, os planaltos gaúcho e catarinense se tornaram rotas do chamado Caminho das Tropas. Muito boi, cavalo, mula e gêneros regionais cruzaram por ali para abastecer o desenvolvimento florescente do Sudeste, sobretudo de Minas Gerais e de São Paulo. Tanto movimento necessitava de bases de apoio, sementes de povoados que mais tarde se tornaram municípios como Vacaria (RS) e Lages (SC). Nessas duas localidades passava a rota mais utilizada, partindo da gaúcha Viamão, topando com extensas matas com araucárias nas altitudes da Região Sul e seguindo até a paulista Sorocaba.

No decurso da história, a movimentação tropeira deu espaço a uma economia armada com machados e serras em busca da madeira nobre do pinheiro. Com a escassez do pau-brasil, primeira vítima nacional da exploração descontrolada, a indústria madeireira cerrou os dentes e partiu para o Sul. Lá encontrou matas coroadas por árvores imponentes, de tronco reto e madeira de ótima qualidade. Assim, teve início uma das maiores ondas de devastação registradas em um Brasil nem tão antigo assim.

Até a proibição total do corte da araucária, em 2001, estima-se que cerca de cem milhões de pinheiros tombaram, reduzindo sua área original de 182 mil quilômetros quadrados para menos de 3,6 mil quilômetros quadrados nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (veja aqui). Ou seja, 98% da cobertura original foi consumida.

A tanta atividade e a tanto movimento, quando o pinhal desaparece, sucede o abandono e a devastação, resultantes desta ocupação efêmera. Ranchos abandonados, pinheirais devastados, marcam a esteira dos “madeireiros” e “extratores” que, sem se apegarem à terra, seguem para diante, em busca de inexplorados pinhais.*

Sem recursos para investimentos pesados nesses ciclos econômicos, famílias ofereceram sua força a grandes patrões ou adquiriram pequenas porções de terra e algumas cabeças de gado. O importante era se integrar ao jogo da época. Bois, porcos e outras criações ganhavam espaço em matas “bosqueadas”, sem árvores de menor porte. Com a migração das boiadas para regiões mais quentes do país, vieram os ciclos da erva-mate e do xaxim. Mais extrativismo desordenado.

Hoje, onde sobreviveu, o pinheiro predomina nos campos e matas de altitude catarinenses. Nesse panorama de florestas degradadas se desenrola um novo ciclo econômico, focado agora na produção de pinhões, a inconfundível semente de cores vivas da araucária, árvore que estende seus galhos generosos sobre centenas de produtores.

“O desafio é fazer o pinhão se valorizar ainda mais sem provocar o que ocorreu com a madeira da araucária, com o xaxim e com a erva-mate, que, quando se valorizaram, foram praticamente extintas. A economia pode crescer com inclusão social, preservação e regeneração das matas com araucárias”, avalia o engenheiro florestal Guilherme dos Santos Floriani, coordenador do Projeto Kayuvá, que vem mobilizando especialistas e coletores para estudar e estruturar a produção de pinhão em Santa Catarina. Um desafio e tanto.

Ao contrário de seringueiros, quebradeiras de coco-babaçú e outras populações, os coletores de pinhão ainda não assumiram sua identidade extrativista. A maioria prefere a alcunha de pecuarista, mesmo que o bolso seja mais recheado pelo lucro da colheita e venda das sementes de araucária. “A atividade é considerada marginal por muitos produtores. Eles se apresentam como pecuaristas quando na verdade obtêm a maioria da renda dos frutos da araucária. O produtor de pinhão nem é reconhecido pelos órgãos de crédito rural”, disse Floriani.

Entre os coletores de pinhões

Na Amazônia, três árvores são símbolos econômicos: Seringueira, Castanheira e Cacaueiro. Na Curiirama há 3 símbolos vegetais valiosos; três árvores também: Pinheiro, Imbuia e Erva-Mate.**

 

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Nesse vídeo amador com sete minutos produzido pelo Projeto Kayuvá (SC), o produtor José Sutil e seus filhos demonstram a dura rotina de colher, transportar e separar os pinhões para comercialização. Sem a máquina, que poucas famílias possuem, a separação seria feita manualmente.

Poucos quilômetros depois de deixar a cidade de Lages, o panorama de campos de altitude se transforma. No leito sinuoso da estradinha de terra, adentramos o município de Painel e alcançamos pequenas serras bordeadas de campos e capões de matas verdejantes, coroadas aqui e acolá pelas copas de pinheiros nativos.

Graças ao isolamento, na região as horas mais frias do dia ainda ganham os contornos esbranquiçados da neblina misturada à fumaça dos fogões à lenha, sempre esquentando o interior das casas em madeira e a água do próximo chimarrão.

Os números variam conforme a fonte, mas de acordo com o secretário de Agricultura João Miranda, entre 150 e 200 famílias exploram pinhões para complementar a renda em pequenas e médias propriedades rurais. Ano passado, o município produziu em torno de quinhentas toneladas de pinhão. Um único agenciador local comercializou por volta de R$ 900 mil. “São todas pessoas que nasceram e se criaram na região e permaneceram no campo. Além da coleta de pinhão, vivem da criação de gado e da produção de leite. O pinhão representa hoje um terço do produto interno bruto de Painel”, disse.

José Palhiano, seu filho Jairo e a esposa em frente à máquina que ajuda a separar os pinhões das “falhas”, sementes não desenvolvidas. Foto: Aldem Bourscheit.

Também pesa muito no orçamento de famílias como a de José Palhano, 56 anos, o “Juca Biluca”. Com a ajuda dos filhos, colheu seiscentos sacos de pinhões no ano passado, cerca de 30 toneladas, na propriedade com menos de cem hectares. A renda engorda com sessenta cabeças de gado, colheita de vime e de erva-mate, que só produz a cada três anos. No passado, tinham roças de feijão, milho e batata. “Mas o pinhão dá mais dinheiro. É nossa principal fonte de renda há uns quinze anos”, conta.

Seu filho faz coro sobre a rentabilidade do pinhão e guarda ao lado da casa um caminhão e um pequeno trator, adquiridos com o dinheiro da venda das sementes. “Se puder fico aqui para sempre. Não gosto da cidade”, disse Jairo Palhano, 29 anos. Gente com tanta disposição para permanecer no campo é coisa cada vez mais rara em Painel, pelo envelhecimento da maioria de seus 2.300 moradores e pela migração de jovens para Lages, a menos de trinta quilômetros.

A família vende praticamente toda a produção para um comprador de Santo Amaro da Imperatriz, a quase duzentos quilômetros em direção ao litoral. Ele percorre a região a cada colheita. Este ano o quilo de sementes foi comprado por entre R$ 0,90 e R$ 1,20. O preço já foi melhor no passado. Nos supermercados de Lages, custa por volta R$ 2 o quilo; em Brasília, até R$ 4. “O comprador comanda os preços, mas tem que dar graças a deus que vem esse”, comentou Jairo Palhano.

A falta de infra-estrutura para armazenagem e venda preocupa os produtores e o secretário João Miranda. Conforme ele, a economia do pinhão só vai melhorar com maior divulgação do produto, com a instalação de uma câmara fria e de uma indústria no município. “Se pudermos industrializar a semente, será possível agregar valor à produção de pinhão. Como a semente não pode ser armazenada, a venda in natura ainda é a única saída”, avalia.

Até 30% da colheita anual se perde hoje sem estrutura para armazenamento. “Quando aparece comprador em julho, não tem mais pinhão para vender. Por isso vendemos tudo o que podemos rapidamente e pelo preço que é possível”, reclama Palhano.

Mesmo com mais de seiscentos hectares na fazenda, o veterinário e ex-vereador Dercílio Alves de Arruda, enfrenta situação semelhante. Ano passado, vendeu oito em cada dez quilos dos pinhões que colheu para o mesmo comprador de Santo Amaro. O restante comercializou na região. Nativo de Painel, vende pinhões desde 1975, de início para São Paulo. Também tem duzentas cabeças de gado, uma pequena lavoura de milho e vime, material para artesanato e indústrias. Mas foi o pinhão que o ajudou a ampliar e manter a propriedade em uma região onde, durante os meses mais frios, “nada se produz”. “O pinhão é o dinheiro do inverno”, disse.

Painel concentra a colheita anual de pinhões, mas também há produção em municípios vizinhos como Urupema, Curitibanos, Canoinhas e Lages. “Um pinheiro dá em média dois a três sacos de 50 quilos de pinhão por ano. Se vender uma única vez a produção, não precisa mais cortar o pinheiro, porque o pinhão produz muito mais dinheiro do que derrubar árvore”, avaliou o secretário de Administração de Lages, Antônio de Alves de Arruda.

Mão-de-obra rareando

Colheita de pinha. Foto: Aldem Bourscheit.

Cada pinha pesa em média 2,5 quilos, metade disso com sementes não-formadas, as “falhas”. Na Fazenda Coxilha Rica, a sessenta quilômetros de Lages, já foram colhidas pinhas com quase oito quilos. Derrubar essas bolotas cheias de espinhos do alto das árvores é tarefa para poucos obstinados (veja vídeo acima).

Com 60 anos, mãos e pés calejados e duas das três filhas na faculdade, Arruda não se aventura mais ao topo do pinheiral. A tarefa cabe agora ao genro Adenilson da Silva, que já dedicou metade dos seus 28 anos à colheita. O trabalho é perigoso e lembra cenas de um Brasil tropical, com nordestinos trepando em coqueiros para lançar seus frutos ao chão. No sul do país, a temperatura e os equipamentos são outros.

As escaladas com dezenas de metros são possíveis com esporões metálicos presos às botas e poucas doses de segurança. Próximo da copa, a poderosa galhada serve como escada e apoio para se derrubar os aglomerados de sementes com vigorosos empurrões de uma longa taquara (bambu) ou barra de alumínio. Silva conta que chega a “trepar” em 35 árvores por dia no auge da colheita, que oficialmente começa em 15 de abril e se estende por dois meses.

Separação manual de pinhões na propriedade de Dercílio Arruda. Foto: Aldem Bourscheit.

Na região foi desenvolvida uma máquina que ajuda na separação de sementes e falhas. Com ela, até sessenta sacas são produzidas por dia. No entanto, a maioria de pequenos produtores usa as mãos nuas para separas os pinhões. Alguns mergulham a colheita na água gélida, onde as falhas bóiam. “Muitos produtores já teriam derrubado as matas sem a produção anual de pinhão”, avalia João Fert Neto, diretor do curso de Engenharia Florestal da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

Uma pesquisa de 2005 revelou as espécies com maior valor para a agricultura familiar da chamada região do Contestado, entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina – araucária, bracatinga, araçá-vermelho, araçá, imbúia, canela-guaicá, erva-mate, eucalipto, guavirova e vassoura lajeana.

Mas se as matas ainda estão de pé, isso não se traduz em regeneração das antigas florestas. A cultura florestal ainda é subjugada pelo imaginário de lucros da pecuária, enquanto a própria coleta de pinhão leva os produtores a driblar a legislação, evitando o crescimento de novas árvores ou abatendo os pinheiros machos em suas propriedades.

Nascimento e (quase) morte da araucária

O panorama que a floresta araucariana oferece é o de uma coleção formidável de colunas gigantescas, erguendo as taças rasas e verde-escuras das copas dominadoras e dispostas num mesmo nível. A sua transitabilidade é verdadeira tanto para o cavalo quanto para o carro, como se observa da gravura ilustrativa (veja aqui).*
Concepção artística de como seria uma floresta com araucária há milhões de anos. Imagem cedida por Miguel Guerra/UFSC.

Conforme especialistas da área florestal, há cerca de 200 milhões de anos a araucária iniciou uma jornada migratória do norte para o sul do planeta, instalando-se em porções elevadas do que hoje é o Brasil há 65 milhões de anos. Nas regiões setentrionais, não é mais encontrada, enquanto por aqui foi quase dizimada pelo ciclo madeireiro.

Estimativas apontam que mais de cem milhões de pinheiros foram derrubados em menos de um século para abastecer serrarias e dar espaços a plantações de pinus ou a pastagens. Por volta de 35% da Região Sul era coberta por essas matas; hoje, elas não cobrem 2% do território. Mais de trezentas serrarias atuaram na região até 1970, migrando do Paraná e Rio Grande do Sul para Santa Catarina. Na década de 1940, a madeira de araucária se tornou o segundo item na pauta de exportações brasileiras. Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Itália e Reino Unido foram os países que mais compraram. Mas ela também serviu ao desenvolvimento interno, principalmente do Sudeste, e também à construção da capital federal.

O corte sempre começava pelos exemplares maiores, com diâmetro superior a um metro. Verdadeiros colossos naturais que se projetavam a mais de 35 metros do solo. Os ataques seguintes miravam em árvores menores. A colheita atual de pinhão ocorre em árvores geneticamente fracas, sombras de seus antepassados. “Testes genéticos mostram degradação da espécie”, reconhece Fert Neto, da Udesc.

Com porte majestoso e diferente de qualquer outra árvore da natureza nacional, o pinheiro se destaca em meio às matas, avançando para além das copas de outras espécies, estendendo braços poderosos sobre seus súditos do reino vegetal. “É o único conjunto florestal do planeta com árvores de folhas largas dominado por uma conífera. Não há ecossistema parecido no mundo inteiro. Em menos de cem anos, quase o extinguimos”, comentou Miguel Pedro Guerra, pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A atividade madeireira começou a enfraquecer no planalto catarinense a partir dos anos 1970. Com postos de trabalho rareando no campo, a população de Lages praticamente dobrou nos anos seguintes. Mas foi apenas décadas após o massacre das araucárias que o governo federal suspendeu seu corte em todo o país, há oito anos. Pelo menos as três maiores madeireiras daquele município catarinense vendem araucária. As pranchas com 30 cm por 4,2 metros custam entre cinqüenta e sessenta reais.

Uma festa da Mata Atlântica

Curiosos bonecos imitam gralhas-azuis na abertura da Festa do Pinhão. Foto: Antonio Vieira.

Cerca de 300 mil pessoas têm freqüentado anualmente os dez dias da Festa do Pinhão de Lages, o maior dos nove eventos conhecidos cujo protagonista é a semente da araucária, produto típico da Mata Atlântica. Outras festas acontecem no Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, conforme o Projeto Kayuvá. A prefeitura do município catarinense disponibilizou este ano R$ 4 milhões para os festejos, concentrados no Parque de Exposições Conta Dinheiro. “Cerca de R$ 6 milhões giram pela cidade durante a festa, onde a prefeitura investe cerca de R$ 600 mil. A diferença vem de patrocinadores e ingressos”, disse o secretário de Administração Antônio Alves de Arruda. A maioria dos visitantes é do próprio estado, e eles costumam lotar os 2.200 leitos oficiais da cidade. A empreitada começou em 1973, parou por alguns anos e foi retomada em 1989. A festança traz hoje dezenas de bancas vendendo pratos como paçoca e macarrão com pinhão, o gorduroso entrevero, além de vestuário, exposição de artesanato, shows de artistas nacionais e a maior competição de música nativista do sul do país, a Sapecada da Canção Nativa. Este ano, mais de 500 músicas foram inscritas. A festa, no entanto, perde em brilho pelos R$ 25 do ingresso individual (cinco dias são gratuitos) e pela barulheira: a maioria das bancas e palcos põe o volume no máximo, na falsa esperança de assim atrair mais clientes. Para salvar os tímpanos, é possível buscar fora dali algum restaurante ligado ao Festival Gastronômico de Lages e saborear incontáveis pratos elaborados com o pinhão, como a paella serrana, picanha ao avesso, macarrão ao pesto e chanfana de ovelha.

Já no interior, famílias impedem o crescimento de pinheiros jovens porque depois “não será possível aproveitar sua madeira”, enquanto pinheiros machos são desgalhados para melhorar a insolação dos rebanhos ou simplesmente abatidos, porque não produzem sementes. No entanto, são responsáveis pela polinização das árvores fêmeas, onde crescem as pinhas lotadas de pinhões. “Proibiram o corte, mas não incentivaram o plantio. Os produtores da região têm a sola da bota gasta, de tanto pisar em mudas de pinheiro”, comentou Mário Hoeller de Souza, secretário de Turismo de Lages.

“Hoje os fazendeiros tacam a roçadeira nos pinheiros jovens, senão a araucária vai dominando tudo”, disse o produtor Dercílio Arruda, de Painel.

Agora, com apoio do Sebrae e do CNPq, a produção de pinhão está sendo avaliada com vistas à formação de cooperativas e organização do comércio com base em certificação oficial. Novas regras para a produção extrativista foram publicadas há poucos dias pelo governo federal, nas quais a produção das sementes deverá se encaixar para ganhar mais espaço no mercado nacional. Afinal, o pinhão é naturalmente orgânico. “É preciso organizar a produção para concorrer em licitações públicas para compra de alimentos voltados à merenda escolar, por exemplo. O pinhão pode valer pouco para Santa Catarina, mas vale muito para Painel”, disse Floriani, do Projeto Kayuvá.

…continua…

Parte 2 – Colheitas e regeneração dos pinheirais
Parte 3 – Madeira de qualidade com galhos secos

* Elza Coelho de Souza, em Tipos e Aspectos do Brasil, IBGE, 1966
** Lindalvo Bezerra dos Santos, em Tipos e Aspectos do Brasil, IBGE, 1966

Atalhos:
Projeto Kayuvá
Prefeitura de Painel

Saiba mais:
A Festa do Pinhão de Lages
Araucárias sofrem, ambientalista aplaude
Peixe grande na rede da polícia
Vivas no papel, esquecidas na prática
Pinus versus bois nos campos sulinos
Papagaios em pauta

  • Aldem Bourscheit

    Jornalista cobrindo há mais de duas décadas temas como Conservação da Natureza, Crimes contra a Vida Selvagem, Ciência, Agron...

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Comentários 3

  1. DAYANE DE MIRANDA diz:

    tenho arvores de araucaria 28 reais de 1 mt


  2. andrei ruibeiro diz:

    opa vc pode me ligar meu numero e 42 984057706 ou 42 998045388


  3. huang wen kuei diz:

    eu queiro compra exportacao para china tem telfone para contado