Namíbia é um país de horizontes grandes, de um céu imenso, um país de paisagens sinônimas à vastidão. Quem se sente mal se não estiver cercado de milhares de pessoas, tráfego intenso e poluição, deve se dizer que é um país de solidão. Até porque tem uma das densidades populacionais mais baixas do mundo (2,4 habitantes por km2). Isso, a meu ver, dá ao país uma característica muito especial, um patamar onde dispõe da riqueza singular de ter pouca gente.
Mas na visão da grande maioria da nossa espécie, que conta riqueza em $$$, a Namíbia também faz jus ao apelido de “Africa’s Gem”, pela quantidade de pedras preciosas (especialmente diamantes) e recursos minerais (especialmente urânio) escondidos debaixo de seu solo seco.
Acima de tudo, é um país que sabe dar as boas-vindas aos turistas. É dotado de lugares fascinantes para se conhecer, desde a enorme salina de Etosha, no norte, um parque nacional riquíssima em fauna africana, até as estranhas cidadezinhas alemãs cravadas em rochedos em puro deserto e ao espetacular Fish River Canyon. Sem falar de suas belíssimas dunas avermelhadas no deserto de Namib, aparentemente as mais altas do mundo. Para meu marido Gerard e eu, que trabalhamos justamente com a água e a chuva no Brasil, os desertos inspiram um grande fascínio. Tanto os que estão mais perto nos países vizinhos, na Patagonia por exemplo, como as terras secas do outro lado do Atlântico, na Namíbia.
*Margi Moss é aventureira e fotógrafa. Ao lado de Gérard Moss,participa do projeto Brasil das Águas que retratou do ar água dos principais rios brasileiros, e mais recentemente, do transporte de umidade da Amazônia até o resto do país pelos rios voadores. Veja mais no Brasil das Águas , Rios Voadores e Mundo Moss
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