Notícias

Jacaretinga: o impiedoso jacaré-de-óculos

De olhos bem abertos, nosso animal da semana sorrateiramente estuda a sua próxima refeição. É um exímio caçador. Foto de Ruben Undheim.

Rafael Ferreira ·
18 de janeiro de 2013 · 12 anos atrás
Jacaretinga à espreita. Foto: Rubben Undheim
Jacaretinga à espreita. Foto: Rubben Undheim

Nos rios e lagos de água doce ao sul do México, da América Central e do noroeste da América do Sul, o Jacaretinga (Caiman crocodilus) é abundante. No Brasil, habita a região Norte, vivendo nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco e, no Centro-Oeste, nas bacias dos rios Araguaia e Tocantins. Quando se fala em jacaré, provavelmente se referem ao jacaretinga, não à toa, também conhecido como jacaré-comum. Outro apelido pelo qual é chamado nessas bandas é jacaré-de-óculos mas, diferente da música dos Paralamas do Sucesso, ele não só já nasceu de óculos, como também não é um cara legal para a sua extensa lista de presas: invertebrarados aquáticos (insetos, crustáceos e moluscos), peixes, anfíbios, répteis, aves aquáticas e pequenos mamíferos.

Os machos chegam a medir entre 1,8 e 2,5m de comprimento e as fêmeas 1,4m. Quando jovens são amarelados com manchas e faixas escuras no corpo e no rabo. À medida que crescem, perdem a coloração amarelada e as marcas ficam menos distintas. Os adultos são verde-oliva. Todos têm o dorso branco (daí o sufixo tinga, “branco” em tupi). As fêmeas atingem a maturidade sexual entre 4 e 7 anos de idade, em geral quando atingem 1,2 metros. A cada procriação, elas põem entre 14 e 40 ovos. Essa boa taxa de fertilidade explica o porquê da espécie ser a mais comum dentre os jacarés crocodilianos brasileiros.

Leia também

Colunas
2 de abril de 2025

Para conter a inflação, é preciso olhar para a floresta

Manter nossas árvores em pé não é somente uma política ambiental, mas também um pilar estratégico para a segurança econômica do país

Reportagens
2 de abril de 2025

Amazônia desponta como nova fronteira global do petróleo

Em cinco décadas, a exploração petrolífera no bioma desmatou florestas, contaminou águas, despejou gases na atmosfera, invadiu territórios indígenas e aprofundou desigualdades. Agora, uma nova onda exploratória ameaça repetir essa história

Reportagens
1 de abril de 2025

Destruição de caverna em Minas Gerais alerta para falhas no licenciamento

Mineradora soterrou, sem autorização, uma caverna na comunidade Botafogo, no município de Ouro Preto, no final de março. Denúncia foi feita pela Sociedade Brasileira de Espeleologia

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.