O governo realiza hoje nova reunião técnica para preparar a divulgação, em 11 de setembro (Dia do Cerrado), dos novos números sobre a devastação do bioma. As estimativas são de que 48,8% de sua vegetação original já foram para o beleléu, ou 994 mil quilômetros quadrados – algo como as áreas de Mato Grosso e de Santa Catarina somadas. O restante apresenta alto índice de fragmentação, principalmente na metade sul do bioma, mas há belas e boas porções dignas de conservação. Coisa para ontem. Os números oficiais anteriores apontavam que quatro em dez hectares do bioma tinham desaparecido. Cerrado e Caatinga ainda não foram reconhecidos pelo Congresso como patrimônios naturais do país, por pressão de ruralistas e desprezo governista pela área ambiental.
Leia também
ONU espera ter programa de trabalho conjunto entre clima e biodiversidade até COP30
Em entrevista a ((o))eco, secretária executiva da Convenção Sobre Diversidade Biológica (CDB) da ONU fala sobre intersecção entre agendas para manter o 1,5ºC →
Livro revela como a grilagem e a ditadura militar tentaram se apoderar da Amazônia
Jornalista Claudio Angelo traz bastidores do Ministério do Meio Ambiente para atestar como a política influencia no cotidiano das florestas →
MPF afirma que Pará faz propaganda “irresponsável” de ações contra queimadas
Procuradoria da República no estado apontou “discrepância entre o discurso e a prática”; procuradores pediram informações a autoridades estaduais e federais →