O Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (INPE) assinou nesta quinta-feira um tratado de cooperação com Organização para Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO, em inglês) para estender a metodologia brasileira de monitoramento do desmatamento na Amazônia para a Bacia do Congo. A iniciativa se enquadra em um programa para melhorar a capacidade de países como Gabão, Camarões, República Democrática do Congo, entre outros, de mensurar e reportar suas emissões de gases estufa por desmatamento.
O acordo foi assinado pelo diretor-geral do INPE, Gilberto Câmara, durante evento na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que ocorre desde segunda-feira em Copenhague , Dinamarca. Segundo ele, a expectativa é que a partir de março, técnicos do instituto já sejam enviados ao continente africano para trocar experiências.
O pedido da FAO coincide com o consenso nas negociações do clima de que antes de iniciar qualquer atividade financeira envolvendo as Reduções por Emissão de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD), é preciso preparar os países para monitorar suas florestas. O diretor-geral do INPE, menciona a sigla MRV, que cada vez torna-se mais conhecida. Ou seja, para engajarem-se em acordos de REDD, as nações detentoras de matas nativas devem empreender um esforço que possa ser Mensurado, Reportado e Verificado
No vídeo abaixo, Câmara dá mais detalhes do projeto.
Leia também
Entrando no Clima #42 | Texto final da COP 29 frustra em todos os pontos
A 29ª Conferência do Clima chegou ao seu último dia, sem vislumbres de que ela vai, de fato, acabar. →
Entrando no Clima#41 – COP29: O jogo só acaba quando termina
A 29ª Conferência do Clima chegou ao seu último dia, sem vislumbres de que ela vai, de fato, acabar. →
Supremo garante a proteção de manguezais no país todo
Decisão do STF proíbe criação de camarão em manguezais, ecossistemas de rica biodiversidade, berçários de variadas espécies e que estocam grandes quantidades de carbono →