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Termoelétrica no RS tem inauguração adiada

A presidente Dilma Rousseff cancelou ida ao interior gaúcho para fazer abertura oficial de usina que queima carvão mineral. Protestos ambientalistas estavam programados.

Redação ((o))eco ·
29 de janeiro de 2011 · 14 anos atrás
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Porto Alegre -Nesta sexta (28), a presidente Dilma Rousseff cancelou, de última hora, a sua viagem ao interior do Rio Grande do Sul, onde iria inaugurar a terceira planta da Usina Termoelétrica (UTE) Candiota. O evento estava marcado para o dia 28, mas na noite de quarta-feira (26) o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, recebeu o aviso de cancelamento do presidente da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), Sereno Chaise. ONGs ambientais preparavam protestos para a data.

O adiamento da inauguração oficial, no entanto, não impede o funcionamento da UTE, que começou em 3 de janeiro deste ano. A terceira planta da usina garante ser menos impactante ao meio ambiente do que as outras duas. Isso porque queima menos carvão para produzir energia elétrica do que as demais térmicas em operação no Brasil.

O engenheiro e coordenador do projeto de Candiota 3, Hermes Ceratti Marques, afirmou ao site do Canal Rural que a UTE possui um sistema de tratamento das cinzas e do enxofre, liberados na queima do carvão, mais eficiente na geração de energia e menos poluente.

Apesar disso, sabe-se que os impactos ambientais causados por usinas termelétricas, por menores que sejam, não podem ser comparados à redução de emissões possibilitada pelas energias limpas, renováveis. O Parque Eólico de Osório/RS, que funciona desde o final de 2006, evita, anualmente, que cerca de 150 mil toneladas de gás carbônico sejam despejadas na atmosfera, contribuindo com a geração de energia estimada em 425 GW/ano.

Na questão financeira, as energias renováveis também são mais vantajosas. Candiota 3 foi construída pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), com 75% do investimento financiado pelo banco chinês de fomento China Development Bank (CDB). A obra está avaliada em R$ 1,3 bilhão. Já a construção do Parque Eólico de Osório, maior complexo de gerador de energia a partir do vento da América Latina, custou R$ 670 milhões para a iniciativa privada, dos quais 69% foram financiados pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Para quem está se queixando dos altos gastos públicos e oferece um salário mínimo de R$ 510 ao trabalhador, parece que as energias limpas seriam um bom negócio, não? (Flávia Moraes)

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