Flávia Moraes
Esses poluentes não se degradam com a passagem do tempo e vão se acumulando no meio ambiente. É uma sorte que parte deles fique aprisionada pelo gelo. Porém, com o derretimento esse efeito benéfico está diminuindo.
O estudo explica que os POPs chegaram até o Ártico transportados de longas distâncias, pois foram emitidos por atividades industriais e pesticidas utilizados em outras regiões. “Quando se contamina a atmosfera, as regiões polares acabam sendo também afetadas, pois não estão isoladas. Na Antártica, por exemplo, já se procura saber se há resquícios de metais pesados ou compostos orgânicos provenientes de queimadas ou do uso de combustíveis fósseis”, revela Simões, que já participou de 20 expedições científicas às regiões polares.
A natureza produz poucos POPs. A maioria provém de pesticidas e químicos industriais, como solventes. Várias dessas substâncias foram banidas para evitar que seu estoque continue crescendo e contaminando o meio ambiente e os seres humanos. No entanto, esse esforço pode ser minado pelo aquecimento global.
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Leia o artigo da Nature Revolatilization of persistent organic pollutants in the Arctic induced by climate change
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