Notícias

É temporada de baleias no litoral catarinense

15 baleias franca já foram avistadas nos últimos dias. Essa é a época em que elas vêm com seus filhotes para o litoral catarinense fugindo do inverno.

Daniele Bragança ·
12 de julho de 2011 · 13 anos atrás
Imagens registradas no dia 7 de julho. crédito: PBF/Priscila Couto
Imagens registradas no dia 7 de julho. crédito: PBF/Priscila Couto
Começou a temporada oficial das baleias no litoral de Santa Catarina. De sábado, dia 2, a sábado, dia 7, foram avistados 15 baleias franca no litoral. Essa é a época em que as baleias francas vêm com seus filhotes para o litoral catarinense fugindo do inverno na Antártica. A Baleia Franca é a segunda espécie de baleia mais ameaçada de extinção no planeta

É também a época em que os pesquisadores e voluntários do Projeto Baleia Franca (PBF/Brasil) – que há 30 anos se dedica à pesquisa e à conservação desses animais em terras brasileiras – tem mais trabalho. No sábado, dia 2, foram três baleias avistas na Praia de Itapirubá, sede do Projeto. Os animais foram vistos inicialmente na Praia de Itapirubá Sul, e estavam em deslocamento no sentido Norte. Na terça e quarta-feira, dia 5 e 6, a equipe percorreu desde o Cabo de Santa Marta (Laguna) até a Guarda do Embaú (Palhoça), onde foram registradas 12 baleias francas, sendo 10 indivíduos adultos e 1 par de mãe e filhote. O grupo foram registradas nas praias do Cardoso (Cabo Sta. Marta), Ferrugem e Ouvidor (Garopaba) e Guarda do Embaú (Palhoça).

crédito: PBF/Priscila Couto
crédito: PBF/Priscila Couto

Para ajudar no trabalho, esse ano 15 voluntários foram selecionados para integrar a equipe e estão em treinamento desde o dia 22 de junho. Os voluntários são estudantes e recém-formados dos cursos de Biologia e Medicina Veterinária vindos de várias partes do Brasil para aprimorar seus conhecimentos e vivenciar a experiência de pesquisa em campo sobre as baleias franca, cientificamente chamada de Eubalaena australis.
 
A baleia franca austral é uma espécie bastante dócil, nadando geralmente muito próxima à praia, logo após a arrebentação das ondas. Exposição de cauda e nadadeiras peitorais, além de borrifos em forma de “V”, são comportamentos bastante comuns facilmente observados a partir da costa, e que costumam atrair turistas para a observação das francas, que se caracterizam por possuir o corpo predominantemente preto, apresentar nadadeiras peitorais em formato trapezoidal, cauda larga e pontuda. Podem pesar mais de 70 toneladas e atingir 18 metros de comprimento. Os filhotes nascem com cerca de 4,5 a 6 metros de comprimento, pensando 5 a 6 toneladas. A gestação dura um ano, o mesmo tempo em que o filhote fica com a mãe ao nascer.

Saiba mais

Mapa da avistagem

{iarelatednews articleid=”1205,24600,24363″}

  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

Leia também

Podcast
22 de novembro de 2024

Entrando no Clima#41 – COP29: O jogo só acaba quando termina

A 29ª Conferência do Clima chegou ao seu último dia, sem vislumbres de que ela vai, de fato, acabar.

Manguezal na maré baixa na Ponta do Tubarão, em Macau (RN). Foto: Alex LN / Creative Commons
Salada Verde
22 de novembro de 2024

Supremo garante a proteção de manguezais no país todo

Decisão do STF proíbe criação de camarão em manguezais, ecossistemas de rica biodiversidade, berçários de variadas espécies e que estocam grandes quantidades de carbono

Reportagens
22 de novembro de 2024

A Floresta vista da favela

Turismo de base comunitária nas favelas do Guararapes e Cerro-Corá, no Rio de Janeiro, mostra a relação direta dos moradores com a Floresta da Tijuca

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.