Notícias

Mudanças Climáticas à prova de corrupção

Transparência Internacional divulga relatório para diminuir riscos de corrupção nos fundos de investimento em adaptação às mudanças no clima

Flávia Moraes ·
6 de maio de 2011 · 14 anos atrás
Países em desenvolvimento sofrem impactos com eventos extremos do clima – Rio Grande do Sul – Crédito Defesa Civil RS
Países em desenvolvimento sofrem impactos com eventos extremos do clima – Rio Grande do Sul – Crédito Defesa Civil RS
A Transparência Internacional (TI), organização global da sociedade civil que luta contra a corrupção, divulgou um relatório alertando sobre os riscos de desvio de verbas nos investimentos em fundos do clima. The Global Corruption Report: Climate Change (Relatório Global de Corrupção: Mudanças Climáticas) traz orientações práticas para prevenir a corrupção e chama a participação de governos, organizações internacionais, empresas e população para garantir boa governança em relação às políticas climáticas.

Huguette Labelle, presidente da TI, afirma que “a necessidade urgente de responder às mudanças climáticas deve ser reforçada pela transparência e responsabilidade. Desde o início deve-se primar pela fiscalização, em todas as iniciativas relacionadas a esse tema”. A organização aponta que nenhum dos 20 países que serão mais impactados pelo clima, ou seja, onde grande parte do dinheiro será investido, possuem pontuação maior que 3.6 no índice da TI, o Corruption Perceptions. Esse quadro é preocupante, já que 0 indica extremamente corrupto e 10 é muito limpo.

No entanto, o diretor-executivo da Transparência Internacional em Bangladesh,  Iftekhar Zaman, garante que o país está na linha de frente da luta contras mudanças do clima e vem fazendo isso de forma transparente e responsável. “A forma como Bangladesh administra a governança climática e utiliza os fundos, pode servir de lições para os governos e a sociedade civil em todo o mundo”, diz Zaman.

O relatório, que conta com a análise de mais de 50 especialistas em alterações climáticas, aborda questões que envolvem: a política de mudanças no clima e a responsabilidade das instituições de financiamento; o papel do setor privado; a integridade dos mercados de carbono; a resposta dos paísese em desenvolvimento frente aos impactos da mudança climática (infra-estrutura de resistência às alterações climáticas, a preparação para as migrações e a melhoraria da gestão de desastres), bem como a governança florestal.

{iarelatednews articleid=”24986, 24293, 24883, 24966″}

  • Flávia Moraes

    Jornalista, geógrafa e pesquisadora especializada em climatologia.

Leia também

Podcast
22 de novembro de 2024

Entrando no Clima#41 – COP29: O jogo só acaba quando termina

A 29ª Conferência do Clima chegou ao seu último dia, sem vislumbres de que ela vai, de fato, acabar.

Manguezal na maré baixa na Ponta do Tubarão, em Macau (RN). Foto: Alex LN / Creative Commons
Salada Verde
22 de novembro de 2024

Supremo garante a proteção de manguezais no país todo

Decisão do STF proíbe criação de camarão em manguezais, ecossistemas de rica biodiversidade, berçários de variadas espécies e que estocam grandes quantidades de carbono

Reportagens
22 de novembro de 2024

A Floresta vista da favela

Turismo de base comunitária nas favelas do Guararapes e Cerro-Corá, no Rio de Janeiro, mostra a relação direta dos moradores com a Floresta da Tijuca

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.